Esta comunicação propõe apresentar uma análise dos discursos acerca da extinção do Serviço de Assistência a Menores – SAM e da implementação da Fundação Nacional do Bem Estar do Menor – FUNABEM, em matérias da revista Brasil Jovem. Desde 1966, dois anos após a criação da FUNABEM, Brasil Jovem fora idealizada para servir de porta voz oficial da instituição. A revista foi editada até o ano de 1978, tendo circulado por todo o território nacional. Seu caráter pretensamente “leigo” objetivava abarcar um público alvo amplo, para além daquele ao qual era destinada a partir da assinatura prévia, qual seja, técnicos e especialistas nas temáticas infantojuvenis. Sobretudo durante a primeira e a segunda fase da revista, compreendidas respectivamente pelos períodos 1966-1967 e 1968-1974, o espectro do SAM permeou as mentes dos dirigentes da FUNABEM, tendo-se observado algumas especificidades em cada momento. Enquanto na primeira fase, quando a Fundação ainda se apresentava como promessa, a extinção do SAM foi apresentada como uma demanda social e a FUNABEM, como resultado dessas demandas, na segunda fase a instituição foi dada a conhecer enquanto materialidade possibilitada exclusivamente pelo advento da “Revolução de Março”.