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Cidade dos vivos e cidade dos mortos: arqueologia urbana no cemitério do Senhor do Bonfim, Belo Horizonte
de Assis Roedel, Luísa y Codevilla Soares, Fernanda.
Urbania. Revista latinoamericana de arqueología e historia de las ciudades, vol. 4, 2015, pp. 23-44.
  Dirección estable:  https://www.aacademica.org/urbania/48
  ARK: https://n2t.net/ark:/13683/pssU/hNc
Resumen
Em uma perspectiva contextual, crítica e simbólica, analisamos as relações entre o Cemitério Nosso Senhor do Bonfim e a cidade de Belo Horizonte, Brasil. Tivemos por objetivo analisar os discursos existentes nas quadras, ruas, túmulos, sepulturas, mausoléus e estatuário da cidade dos mortos. Enquanto um superartefato da cidade, entendemos que o estudo da materialidade do cemitério informa sobre a forma pelo a qual os diferentes grupos sociais que formavam a cidade dos vivos classificaram esse espaço social, exibindo sua própria maneira de ser no mundo e marcando de “modo visível e perpétuo a existência do grupo, da comunidade ou da classe” (Chartier 1991:183). O trabalho foi realizado a partir de visitações ao local, levantamento de fontes documentos e da aplicação do Mapa Axial. A partir do levantamento realizado, podemos afirmar que a cidade de Belo Horizonte, na qual o cemitério está relacionado, se estruturou na unidade familiar patriarcal, católica, segregacionista, excludente e que compartilhava uma série de ornamentos padrões, mas que, ao mesmo tempo, construía fronteiras simbólicas que representavam distinção social e identidades entre seus mortos. Em tempos modernos, a materialidade das sepulturas e mausoléus foram utilizadas para demarcar fronteiras que delimitavam espaços sociais da vida na morte. Palabras clave: arqueologia urbana, cemitério, espacialidade, materialidade, significado.
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