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Mariano da Rosa, Luiz Carlos.
Amazon Books & Mariano Da Rosa Academic Editions ( (Seattle, Washington, USA).
  ARK: https://n2t.net/ark:/13683/prnO/Zdo
Resumen
Tornando-se irredutível à análise científica, o Ser escapa às fronteiras que encerram a possibilidade de explicação ou interpretação que emerge da linguagem científica, convergindo o movimento de elevação até o Ser para uma relação que implica a poesia, na medida em que o Ser “habita” a linguagem poética em uma construção que envolve a sua comemoração como tal. Se a experiência da nulidade absoluta, no tocante à questão que acena com a verdade e a compreensão do Ser, transpõe, em suma, as fronteiras do lógico do entendimento, da lógica dos entes, enfim, não tende a dialogar senão com uma perspectiva que inter-relaciona poesia e filosofia, tendo em vista o valor atribuído à linguagem segundo a concepção que defende o atalho especulativo-hermenêutico, que se contrapõe à tendência técnico-científica e a sua pretensão de estabelecer um sistema de sinais que funcione como instrumento da ciência [encerrando em sua circunscrição a totalidade do pensamento e da linguagem, inclusive da esfera filosófica], visto que se configura como o domínio que em seu interior possibilita a emergência de qualquer espécie de pensamento e discurso, colocando em jogo o problema da existência do homem e sua definição. Tal questão emerge, dessa forma, à medida que é a língua que fala em uma relação que envolve o homem e a linguagem e converge para as fronteiras que encerram a própria relação do ser humano enquanto existente singular com o Ser através de um movimento que tende a se manter sob o horizonte da profundidade e do velamento, implicando que o homem somente possibilitará a manifestação do Ser quando ouvi-lo em sua fala como um ente do qual se requer recebê-lo a partir das coisas que são, por tal ente, trazidas para a sua circunscrição existencial, posto que longe de representá-las a palavra se lhes atribui “ser e presença”. Nesta perspectiva, ao homem se impõe uma condição que, segundo a leitura comparativa de Heidegger, remete a um vigia ou a um pastor cujo lugar não é senão a porta do Ser, guardando raízes a sua relação com aquela que emerge das fronteiras que envolvem a própria língua, posto que se mantém circunscrito ao âmbito do jogo original da linguagem, que escapa, nesse sentido, ao caráter de instrumento, acenando com a possibilidade de revelação, conforme o demonstra especificamente o tratamento dispensado pelos pensadores e poetas, tendo em vista que pensar guarda correspondência com a linguagem da metáfora, que se desenvolve na dimensão do “claro-escuro”, à medida que torna-se necessário o apoio dos entes para a fala que desde sempre em seu exercício não se esgota neles mas carrega a pretensão de transpô-los, alcançando o que não é um ente. Se o pensamento originário emerge como o eco do Ser, sob o qual o acontecimento que envolve o que o ente é se dispõe, acenando com a resposta humana à palavra da sua voz, convergindo, pois, para o horizonte da linguagem, o que se impõe é que não escapa ao fundamento essencial do homem historial um pensar cuja condição, se sobrepondo à esfera de compreensão da “lógica”, guarde raízes nas fronteiras da verdade do Ser, auxiliando o ser da verdade, através da simples “in-sistência” no “ser-aí”, no tocante a possibilidade de encontrar o seu lugar na humanidade historial. Nessa perspectiva, ao pensamento se impõe a necessidade de escapar à atividade que acena com a fundamentação, convergindo para um horizonte que envolve uma abordagem meditativa, interiorizante e rememorativa, que possibilita a emergência espontânea do essencial, à medida que se mantém oculto, guardando-se como pobre, fragmentário, tal qual a errância e o jogo sem cálculo e destituído de objetivo da dádiva do Ser, tendo em vista a demanda quanto a renúncia no que concerne a soberania humana diante de uma determinada concepção do humanismo que torna o homem autoconstituinte e autossuficiente.
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