Foi antes dos concursos de drags, maricas e trans nos subúrbios de Nova York, antes de Venus Xtravaganza y do estilo vogue em Paris is Burning, antes das atuações estelares de Divine em Female Trouble, antes, muito antes dos estudos etnográficos de Esther Newton em Mother Camp, que haviam inspirado a teoria performativa dos gêneros de Judith Butler. Foi nesse tempo anterior e prévio à canonização das vidas travestis e às análises de Eve Sedgwick (grande dama feminista da teoria queer) sobre o periperformativo. Foi antes, muito antes que Paul B. Preciado conclamasse a uma articulação transfeminista e às práticas de contrassexualidade.