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OS SENTIDOS ECOLÓGICOS, POLÍTICOS E EPISTEMOLÓGICOS: PRÁTICAS DE TRABALHADORAS DA EDUCAÇÃO EM INTERAÇÃO ESCOLA-COMUNIDADE NAS SENDAS POPULARES E DESCOLONIAIS
Álvaro Veiga Júnior - Programa de Pós-Graduação em educação; Universidade Federal de Pelotas.
Aline Accorssi - Programa de Pós-Graduação em educação; Universidade Federal de Pelotas.
Aline Accorssi - Programa de Pós-Graduação em educação; Universidade Federal de Pelotas.
1º Congreso Internacional de Ciencias Humanas - Humanidades entre pasado y futuro. Escuela de Humanidades, Universidad Nacional de San Martín, Gral. San Martín, 2019.
Dirección estable:
https://www.aacademica.org/1.congreso.internacional.de.ciencias.humanas/1299
Resumen
A proposta desta pesquisa partiu da busca de aprofundamento e complexificação da minha experiência de professor na práxis pedagógica da educação popular descolonial, envolvidas práticas e teorizações em diferentes espaços sociais. Por isso, se propõe a interlocuções, aportes culturais, trocas de informações em eventos de circulação e difusão de conhecimentos. Se dirige a estudar a expressão, as narrativas e posicionamentos de sujeitas da educação de maneira situada, dialógica e participante. Situa seu campo empírico para investigar práticas de trabalhadoras escolares que atuem também em comunidades. Valoriza assim a produtividade política da educação entre a escola e outros espaços de ação social coletiva. A ideia é abordar o movimento entre duas dimensões diferentes como processo relacional produtivo para a educação descolonial. Não pretendo abordar propriamente a formação docente, a carreira ou a formação continuada, e sim possíveis contribuições de diferentes instâncias sociais na produção de conhecimentos relacionados ao campo da educação latino-americana na atualidade. Interessa neste processo considerar a ética e os direitos humanos no desenvolvimento das aprendizagens relacionadas com as esferas sociais e ambientais. Para investigar o campo empírico delimitado pergunto: Como conhecer trajetórias sociais de trabalhadoras escolares, suas experiências inconformistas e solidárias em interlocução com a perspectiva descolonial que indiquem superar o paradigma dominante? Como incentivar a ecologia de saberes, narrar o que já está a caminho, mapear as contribuições da educação popular, produzir conhecimentos e saberes descoloniais? Que conexões podemos tecer com a realidade das sujeitas? De que forma entender o mundo superando o realismo monocultural, a produção de verdades e certezas causais como dimensões fundadoras do tradicionalismo formal e da mitologização na história da ciência? O que da história da modernidade deve perdurar e o que devemos evitar na educação? Basicamente, os referenciais teóricos na educação popular se apoiam a partir de Paulo Freire e Carlos Rodrigues Brandão; na perspectiva descolonial a partir de Boaventura de Sousa Santos, Anibal Quijano, Ramón Grosfoguel, Ochy Curiel e Walter Mignolo. A metodologia centra-se nos paradigmas compreensivos, dialógicos, aprendentes, inclusivos e responsáveis, abandonando aqueles que a história mostrou perigosos e insustentáveis, investindo em caminhos que se abrem e constroem o paradigma emergente para a transformação social. Busca configurar-se e socializar por saber aonde não ir, isto é, evitar caminhos desastrosos para propor e seguir. Desta maneira, o desejo que movimenta esta pesquisa vem a ser criar uma tese tributária de outra tradição epistemológica, uma epistemologia do sul, portanto, descolonial, compreensiva, complexa-sistêmica e de circularidade dialógica. Fundamenta-se no tensionamento de aproximações com inúmeros fatores e varáveis que compõem este campo progressivamente delimitado. Ciente da totalidade inapreensível em relação às partes, para aprender com a metodologia das ciências humanas e sociais no enfoque em educação. Se potencializa e procura qualificar a percepção sensível, ética-estética, da realidade. Postula sobre o valor de se trabalhar para produzir teorização tributária dos saberes não colonizados, ao mesmo tempo, compreensivos, propositivos e experimentadores, que consideram a historicidade e os avanços da ciência em diálogo com os conhecimentos tradicionais, sendo eles, familiares e comunitários, locais ou globais.
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