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"Que lições estamos aprendendo a partir das histórias que estão sendo contadas?": Usos políticos da memória e o programa educacional Marcha da Vida no Brasil
Korman, Gabriela - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
1º Congreso Internacional de Ciencias Humanas - Humanidades entre pasado y futuro. Escuela de Humanidades, Universidad Nacional de San Martín, Gral. San Martín, 2019.
  ARK: https://n2t.net/ark:/13683/eRUe/kyQ
Resumen
Este trabalho tem como objetivo traçar um panorama sobre a construção da memória do Holocausto e seu papel na Educação a partir de uma reflexão sobre o projeto pedagógico do programa Marcha da Vida. (March of The Living, em inglês, na sigla MOTL) no contexto brasileiro. Primeiramente, o campo da memória social iniciou ligado a uma tradição europeia, da sociologia francesa, na primeira metade do século XX, e ganhou fôlego através dos estudos sobre a memória do Holocausto, que se tornou uma memória globalizada e midiatizada. O primeiro cenário, de invisibilidade das vítimas, foi alterado a partir do Julgamento de Adolf Eichmann em Jerusalém, em 1961. Transmitido mundialmente, os testemunhos das vítimas foram ouvidos com a intenção de educar as novas gerações sobre o Holocausto, o que dá início ao seu uso pedagógico, segundo a perspectiva de Hannah Arendt. Dentro desse cenário, foi gerada uma variedade de respostas ideológicas nacionais e transnacionais. Entre elas, encontra-se o programa Marcha da Vida (March of The Living, em inglês, na sigla MOTL). Criado como um projeto pedagógico internacional em Israel e nos Estados Unidos em 1988, teve início em escolas judaicas brasileiras a partir de 2007. O programa consiste em uma viagem de duas semanas para a Polônia e Israel destinada a estudantes de Ensino Médio para aprender sobre o Holocausto e conhecer os locais de memória, como campos de concentração e antigos guetos. Em Israel, o passeio culmina com uma celebração pelo dia da criação do Estado. O presente trabalho visa discutir os usos políticos da memória pelo Programa Marcha da Vida a partir da relação entre os conceitos de progresso e barbárie de Walter Benjamin, com a noção de que uma educação comprometida com a memória ocorre, primeiramente, através da recusa da noção da história como progresso diante do empobrecimento da experiência. Sendo assim, pretende-se identificar quais as contribuições e limites do projeto pedagógico do programa Marcha da Vida para a discussão da memória como imperativo ético contra a manutenção da lógica de progresso e, também, refletir sobre possíveis impactos e contribuições da educação para a memória do Holocausto elaborada no programa no Brasil contemporâneo.
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