O presente trabalho é fruto de um projeto de pesquisa intitulado “Mídia e produção de subjetividade: cartografias dos programas policiais”, que buscou cartografar as linhas discursivas, produtoras de subjetividades, presentes nas diferentes reportagens veiculadas em um programa policial de grande audiência no estado do Rio Grande do Norte, Brasil.A partir do método da cartografia, a pesquisa analisou o programa “Patrulha da Cidade”, exibido em todo o estado do Rio Grande do Norte, durante um mês, totalizando 21 programas assistidos. Os conteúdos foram analisados e registrados em diário de campo. Os resultados apontam que a questão da drogadição é apontada como um problema de segurança pública, logo devendo ser tratado como questão de polícia, o que dificulta o entendimento deste problema como uma questão de saúde pública,estigmatizando os usuários de drogas,precarizando,com isso,os serviços oferecidos a este público.Além disso,as reportagens exibidas fazem a exigência de maiores punições e castigos para com aqueles que cometem crimes, o que colabora para a produção de subjetividades cada vez mais inseguras. Com isso, constrói-se a ideia de que a questão da criminalidade pode ser solucionada unicamente com medidas de segurança, mascarando as questões sócio-históricas, que produzem a realidade. Palabras Clave mídia, subjetividade, cartografia, crime. Abstract CRIME CARTOGRAPHY IN A POLICE PROGRAM OF RIO GRANDE DO NORTE, BRAZIL The present work is the result of a research project titled “Media and the production of subjectivity: cartographies of cop shows,” which sought to map out the lines discursive production of subjectivities, present in the various articles published in a program officer for the large audience in the state Rio Grande do Norte, Brazil. From the cartographic method, the research examined the “Patrulha da Cidade” aired throughout the state of Rio Grande do Norte, for a month,totaling 21 programs viewed.The contents were analyzed and recorded in a field diary. The results indicate that the issue of drug addiction is seen as a problem of public security, should be treated just as a matter of police, which complicates the understanding of this problem as a public health issue, stigmatizing drug users, undermining, thereby the services offered to this audience. Moreover, the reports are displayed requiring greater punishments and punishments for those who commit crimes, which contributes to the production of subjectivities increasingly insecure. This builds up the idea that the issue of crime can be solved only with security measures, masking the socio-historical, which produce reality. Key Words: media, subjectivity, cartography. crime.