Ações promotoras de saúde podem ser alocadas em duas categorias identificadas por práticas libertárias, que constituem ações mediadoras da autonomia e autoria do cotidiano e práticas conservadoras que, em nome da promoção da saúde, criam dispositivos de controle e vigilância sobre pessoas e grupos. Com base nessas perspectivas, foi desenvolvido um estudo qualitativo de enfoque exploratório tendo como questão investigar possíveis impactos das intervenções do grupo de psicologia no espaço da sala de espera. Participaram 3 funcionários, 6 profissionais de saúde e 49 usuários de um centro de saúde universitário. A discussão dos dados, obtidos através de uma entrevista semi estruturada, possibilitou a criação de dois eixos interpretativos: concepções sobre saúde e impacto das ações do psicólogo na sala de espera. Foi constatado que os participantes, apesar de identificados com concepções conservadoras de saúde, produziram novos sentidos, transformando a angústia da espera em espaço-tempo do acolher e reinventar o cotidiano. Nas considerações finais, salientou-se a relevância do psicólogo na criação de intervenções que potencializem movimentos renovados de significar e resignificar situações do cotidiano, promovendo, assim, processos de saúde coletiva identificados com práticas libertárias. Palabras clave Promoção Saúde coletiva Psicologia ABSTRACT ACTIONS AND REINVENTIONS IN THE WAITING ROOM Health-promoting Actions can be allocated in two categories identified by libertarian, practices that constitute actions mediating autonomy and authorship of the everyday and conservative practices that, in the name of promoting health, create control devices and surveillance on people and groups. Based on these perspectives it was developed a qualitative study of exploratory approach having as issue investigate potential impacts of the interventions of the group psychology in the waiting room. Attended 3 officials, 6 health professionals and 49 users of a University Health Center. The discussion of the data, obtained through a semi structured interview, enabled the creation of two interpretative axes: conceptions of health and the impact of the actions of the psychologist in the waiting room. It was found that participants although identified with conservative concepts of health, have produced new senses, turning the anguish of waiting in space-time of welcome and reinvent the daily life. In the final considerations highlighted the relevance of the psychologist in designing interventions that promote renewed movements mean and re-signify situations of everyday life, thus promoting collective health processes identified with libertarian practices. Key words Promotion Collective health Psychology