A relevância da consolidação dos direitos da infância está documentada na literatura, entretanto sabe-se que isto não se efetiva na prática, especialmente em contextos fundamentais de socialização como a família e escola (Wagner e cols. 2009; Romero, 2002). O objetivo desta pesquisa foi identificar percepções que pais, mães e professores têm sobre os direitos da infância, tais como: o direito à autonomia, privacidade e liberdade de expressão, entre outros. O estudo é comparativo entre uma amostra de 250 pais de crianças de 10-12 anos e 246 professores, de escolas públicas e privadas do Rio Grande do Sul, Brasil. Os resultados apontam maior incentivo ao desenvolvimento da autonomia por parte dos pais que dos professores. Os progenitores se mostram mais flexíveis quanto à participação das crianças nas decisões familiares, permitindo que seus filhos exerçam seus direitos de forma mais efetiva quando comparado aos professores. Os educadores julgam haver maior necessidade de supervisão nas atividades que desenvolvem com as crianças, que são essencialmente diferentes daquelas desenvolvidas pelos pais. Nossos achados revelam uma lacuna existente entre a família e escola no que se refere ao exercer junto às crianças os seus direitos, reforçando a importância de intervenções psicossociais que visem aproximar estes contextos. Palabras clave Direitos infância Família Escola ABSTRACT also areas where the notion of temporality is built. Key words Temporality Anxiety Waiting Space