O presente texto se propõe a realizar um debate epistemológico sobre os limites, desafios e pontos fortes da análise institucional e da cartografia no que diz respeito a produção de conhecimento e intervenção em cenários de violação de direitos. Problematiza-se, sobretudo, a noção de implicação e as possíveis estratégias de intervenções nesses campos de pesquisa. Quais os limites e possibilidades para o pesquisador que se situa em contextos de violação de direitos? Quais técnicas e estratégias tem sido melhor aproveitadas na produção de conhecimento nesses contextos? Dessa forma, através da análise de algumas estratégias já utilizadas em contextos de violações de direitos (prisões, com pessoas em situações de rua, etc.), o texto reflete sobre como a observação participante, a entrevista e as rodas de conversa podem ser ajustadas, afim de se tornarem estratégias importantes no processo de pesquisa cartografia e na análise institucional de grupos de coletivos. Como conclusão, as estratégias elencadas tomam o conceito de “subjetividade” como bússola do processo de pesquisa, norteando o pesquisador no cenário de violação de direitos. Palabras clave Análise institucional - Cartografia - Método - Subjetividade ABSTRACT INSTITUTIONAL ANALYSIS AND CARTOGRAPHY: THEORETICALMETHODOLOGICAL CHALLENGES OF RESEARCH IN THE PRISON CONTEXT This text aims to carry out an epistemological debate on the limits, challenges and strengths of institutional analysis and cartography with regard to the production of knowledge and intervention in scenarios of rights violations. Above all, the notion of implication and possible intervention strategies in these fields of research are problematized. What are the limits and possibilities for the researcher who finds himself in contexts of rights violations? What techniques and strategies have been best used in the production of knowledge in these contexts? Thus, through the analysis of some strategies already used in contexts of rights violations (prisons, with people living on the streets, etc.), the text reflects on how participant observation, interviews and conversation circles can be adjusted , in order to become important strategies in the cartography research process and in the institutional analysis of collective groups. In conclusion, the strategies listed take the concept of “subjectivity” as a compass for the research process, guiding the researcher in the scenario of rights violations. Keywords Institutional analysis - Cartography - Method - Subjectivity