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Até que o tempo, prenhe de agoras, transborde e acorde o “não-sei-quê” de mim
Mariano da Rosa, Luiz Carlos.
Politikón Zôon Publicações (SÃO PAULO).
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Resumen
"E como suportaria eu ser homem se o homem não fosse também poeta e decifrador de enigmas e redentor do acaso?" (Nietzsche). Destituída de pretérito enquanto dimensão em cujas fronteiras supostamente guarda raízes, emergindo então como tal, a imagem poética, segundo Bachelard, consiste em uma súbita erupção do psiquismo em um movimento que se sobrepõe à noção de princípio e à relação de causalidade que caracterizam a reflexão filosófica e o pensamento científico no processo de construção lógico-racional, na medida em que escapa ao caráter de um impulso propriamente dito e à condição de eco de um passado, a despeito de sua correspondência com um arquétipo, tendo em vista que, como êxtase, por intermédio da explosão do seu conteúdo imagístico, da sua irrupção, alcança os recônditos do outrora e, dessa forma, desnuda os códigos ético-lógicos e histórico-culturais que interagem no devir da memória e na constituição do seu arcabouço identitário na experiência existencial de transformação de si que repercute sem cessar no instante poético.Carregando uma sonoridade do ser, a imagem que germina do exercício poético e da experiência existencial que a encerra como relação do ente humano enquanto existente singular com o próprio Ser converge para uma fala que envolve o âmago mesmo do ser em uma construção que pressupõe a dialética entre forma e matéria na dimensão da imaginação, na medida em que o verbo que corporifica a criação poética na linguagem guarda correspondência com uma causa formal em um movimento que traz como princípio uma causa sentimental neste esforço cuja instauração conjuga forças imaginantes que, em suma, tendem, ou a se deter nas fronteiras do acontecimento inesperado, ou a se deter nas fronteiras do ser em uma aspiração irreprimível de encontrar em suas profundezas o primitivo e o eterno.Princípio de excitação imediata do devir psíquico, a imaginação institui a ruptura diante do estável que caracteriza o existente singular na ocupação consigo próprio em relação ao processo de produção dos meios de sua existência tanto quanto, dessa forma, de si mesmo, na medida em que converge para as fronteiras que encerram hipóteses de vida através de um movimento que implica a formação de um mundo que, guardando raízes na dimensão onírica, envolve infinitas possibilidades de superação de si em uma construção poética que emerge no ímpeto de devir humano e se torna o ápice de uma inspiração que expõe a palavra em sua condição originária, a saber, nova.Se a imaginação carrega a capacidade de produzir o que se impõe à visão, tornando o homem em sua individualidade concreta criador, na medida em que possibilita trazer à luz o que está para além da apreensão lógico-racional das fronteiras da dimensão do ver em um exercício que se sobrepõe ao modo do ser em sua disposição fática na imanência por intermédio de um processo de derivação que encerra um mundus contra mundum (contra-mundo) e consiste em um movimento que guarda correspondência com o mistério original e originário da formação da forma, diante do qual o criador humano se opõe em virtude do conhecimento da sua condição de "secundaridade" que converge para uma relação que implica a apropriação de um conteúdo através de um horizonte de Revelação e Verdade que tende a torná-lo próprio em uma construção que mantém raízes na translatio ou transposição de uma inexplicabilidade sistemática (verdade) na fusão ou interação do religioso e do mítico que eleva ao topos (ou ou-topos) o poeta na eclosão dialética do pré-texto de transcendência.
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